Principais figuras e desaires de 2004 e também os já míticos prémios "A Ribeirinha", edição 2004!
terça-feira, dezembro 28, 2004
segunda-feira, dezembro 27, 2004
A Ressaca do Natal
Estes tempos que sucedem ao Natal são sempre muito complicados... Os excessos da época natalícia (bem diferentes dos registados na passagem de ano, porque são menos - como hei-de-dizer? - liquídos) tê repercussões no organismo de um ser humano, tal como os excessos de uma noite bem passada, implique isso o que implicar. Mas o apelo da carne, no caso da doçaria, é forte em demasia. As travessas cheias de rabanadas, aletria, creme, pudim, os bolos e afins provocam em muitos de nós, neste caso em mim, um efeito afrodisiaco e fazem atirar-me a elas como se não houvesse amanhã. E como, como, como, como, como para depois andar uma semana a sofrer. Uma semana não, porque os doces acabam um dia antes do Ano Novo e no dia 1 há que comer mais (estavam a pensar que sofro por comer em demasia, mas não sofro quando os doces acabam). Encarnando o espírito metafórico do primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, posso dizer, que sou um urso que come muito no Natal para guardar reservas no organismo até ao Natal do ano seguinte, já que estas iguarias são típicas de tão simpática época do ano.
Atendendo, a pedidos de inúmeras famílias, não me vou alongar muito mais, já que teceram a seguinte crítica, muito construtiva por sinal, "Devias abordar temas mais controversos para suscitar discussão". Ora este assunto não é controverso. Para lá disso, disseram: "Não tinha paciência para escrever tanto", o que significa: "Faz textos mais pequenos porque tanta palavra cansa um bocado!"
Assim seja!
Atendendo, a pedidos de inúmeras famílias, não me vou alongar muito mais, já que teceram a seguinte crítica, muito construtiva por sinal, "Devias abordar temas mais controversos para suscitar discussão". Ora este assunto não é controverso. Para lá disso, disseram: "Não tinha paciência para escrever tanto", o que significa: "Faz textos mais pequenos porque tanta palavra cansa um bocado!"
Assim seja!
quarta-feira, dezembro 01, 2004
As Chaves que abriram a porta da rua a Santana
Quatro meses depois de ter convidado Santana Lopes a formar governo, após a saída do patriótico Durão Barroso - que foi defender os interesses do país para a Comissão Europeia (tal como Deco, e com isto não o estou a criticar, que pouco depois de se naturalizar português foi viver para Espanha) - o Presidente da República, Jorge Sampaio, resolveu dissolver a Assembleia da República. Pergunto-me se ele usará ácido ou se bastará um puco de sumo de limão, já que pelos vistos a estabilidade da cooligação de direita era escassa. Mas sumo de limão não deve chegar que estão os comunistas e esses são difíceis de corroer (mas deles falarei mais à frente).
Ora, dizem que a dissolução do Parlamento e consequente convocação de eleições antecipadas nada tem a ver com as recentes reformulações que Santana levou a cabo ou com a saída de Henrique Chaves (e agora percebem o título deste post). Então pergunto, qual é a falta de estabilidade deste governo? Claro que o povo que sofre na pele com a crise me indicaria um conjunto de factores mas deixem-me fazer estas piadinhas, por favor. Por falar em sofrer na pele, no dia da decisão de Jorge Sampaio ouvi um senhor, que participava num fórum radiofónico especial sobre o tema, dizer que naquele momento estava num centro comercial de Lisboa e que via muita gente nas lojas a fazer compras e que por isso os portugueses até andam bem de vida. Caro amigo, se, por ventura, acessar alguma vez na vida este blog (o que dúvido que alguém que tenha como ocupar o seu tempo faça) fica a saber o que eu penso sobre esse comentário:
a. Quem é que, no seu perfeito juízo, telefona para um fórum radiofónico a partir de um centro comercial?
b. Por acaso, reparou se esssas pessoas estavam bem vestidas, ostentavam adereços de luxo, telemóveis de última geração e falavam de forma peneirenta? É que pode estar aí uma explicação para o factor de estarem a fazer compras...
c. Seriam lojas ou restaurantes de Fast Food?
d. Garanto-lhe que se vier ao Porto eu posso levá-lo a ver muitas lojas onde há muita gente a fazer compras. Ficam aqui os nomes: Euromania, O Mundo do Euro e Meio, Preço Certo, Sheng Fui - Bazar Chinês...
Voltando ao assunto que invoquei para este post, convém dar uma palavra sobre as reacções do Partido Socialista, que se diz preparado para as eleições. É de louvar a rapidez com que o partido reagiu com esta afirmação forte e que me leva a pensar: não estaria já o PS preparado desde que Santana tomou posse. Parece-me que a primeira afirmaçao do nosso primeiro contribuiu desde logo para a instabilidade governamental ou não estivesse Sampaio mortinho por ver um político de jeito na frente do partido, no caso Sócrates (todos são melhores que Ferro Rodrigues que me faz lembar um vilão dos uns desenhos animados chamados "Moto Ratos") o homem dos fatos bonitos.
Quanto ao PCP, deixem-me dizer que não estive a par das reacções do partido. Mas vou recuar no tempo até ao Congresso de eleição do novo secretário-geral onde se passaram situações hilariantes para mim. A mensagem do histórico líder dos comunistas acabou com a aclamção: "Viva o Marxismo Leninismo!", ao qual os militantes responderam com um forte "Viva!" para seguidamente gritarem "PCP PCP PCP" com Odete Santos berrando bem alto com o seu boné de ardina e o seu cabelo cor de mamão. Cada vez mais, aprecio os comunistas...
"A Ribeirinha" avança também a reacção de Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda: "Quê? Dissolveu? Diz que o governo tá a fazer mal, que o aborto é que é bom e que continuamos a lutar pela liberdade sexual e pelos direito da mulher. Agora enrola-me aí um charro, por favor!"
Viva o Barrosismo Cavaquismo!
Viva o Guterrismo Rodriguismo!
Viva o Paulismo Portismo!
domingo, novembro 14, 2004
A vida num tranporte público
Capítulo II - as senhoras, os sacos e os vasos
Outra coisa que me intriga nas viagens de autocarro são as senhoras que aparecem dia após dia, sempre carregadas com inúmeros sacos, normalmente impressos com logotipos de lojas como "O Preço Certo", ou "Eurolândia", ou "O Planeta do Euro e Meio" (upgrade de Loja dos 300), cheios até cima (e olhem que eles não são pequenos), com um expressivo sorriso na cara, mas com as lamúrias de cansaço após um difícil dia de trabalho. "Ando consumida!" é a expressão que mais usam e que mais gosto de ouvir dizer. Depois há as frases típicas, que apelam à dificuldade da vida, ao estado da nação, aos patrões que embirram com elas e falham o pagamento ao fim do mês, as filhas que andam metidas com marmanjões que não trabalham e que elas não querem ver em casa, o marido que vai para o café ver o futebol e as deixa sozinhas e que depois volta irado e bêbado após uma derrota do seu clube e que falha nas respectivas responsabilidades conjugais, etc, etc. O que mais me intriga é o facto de elas gostarem de partilhar essas conversas com todo o autocarro, tendo em conta que elevam a voz a uns valores de decibéis bem consideráveis.
Por momentos pensei que estivesse a fugir ao tema do capítulo mas as senhoras dos sacos e dos vasos são, no fundo, um típico estilo de mulher portuguesa e merecem ver aqui caracterizada a sua maneira de agir.
Voltando aos sacos, devo dizer que me irritam profundamente. Tenho uma curiosidade insaciável de ver o que vem lá dentro quando as senhoras se atrevem a deslocar à parte traseira do autocarro, não deixando os sacos no espaço para isso reservado porque já estão cheios com sacos de outras senhoras. Mas o receio de ser apanhado e de consequentemente as senhores meterem conversa comigo para me explicarem o conteúdo fazem-me regir à tentação. O que torna a viagem mais complicada. Mas mais irritante que os sacos, meus amigos, são os... vasos. É incrivelmente irritante quando olho para a porta dianteira e vejo uma dessas senhoras, com um vaso cuja planta mede 1,90m - que quase não cabe no autocarro -, muito feliz a entrar com ar triunfante por ali a dentro, a encontrar um espaço livre e a sentar-se com o tal sorriso mas com as lamúrias de cansaço e vida difícil. Eu tenho a certeza que mesmo que comprem uma planta de 3 metros e meio vão insistir em levá-lo no autocarro, de preferência em hora de ponta com este completamente cheio, mesmo que tenham de o cortar às postas e dar de comer aos porcos (piada privado), isto é, que o tenham de cortar aos bocadinhos e colocar em sacos plásticos.
Será que estas senhoras não têm noção do ridículo? Ou pelo menos noção de que nem toda a gente se interessa pelas vidinhas tristes e monótonas sem tempo para nada a não ser ver novelas da TVI e a "Quinta das Celebridades" e o "Jornal Nacional" e o programa da manhã da RTP e o da tarde da SIC, que elas levam? Ou pelo menos que nem toda a gente gosta de plantas com o tamanho de postes da electricidade?
São questões retóricas meus amigos. Ninguém tem resposta.
Continua...
Outra coisa que me intriga nas viagens de autocarro são as senhoras que aparecem dia após dia, sempre carregadas com inúmeros sacos, normalmente impressos com logotipos de lojas como "O Preço Certo", ou "Eurolândia", ou "O Planeta do Euro e Meio" (upgrade de Loja dos 300), cheios até cima (e olhem que eles não são pequenos), com um expressivo sorriso na cara, mas com as lamúrias de cansaço após um difícil dia de trabalho. "Ando consumida!" é a expressão que mais usam e que mais gosto de ouvir dizer. Depois há as frases típicas, que apelam à dificuldade da vida, ao estado da nação, aos patrões que embirram com elas e falham o pagamento ao fim do mês, as filhas que andam metidas com marmanjões que não trabalham e que elas não querem ver em casa, o marido que vai para o café ver o futebol e as deixa sozinhas e que depois volta irado e bêbado após uma derrota do seu clube e que falha nas respectivas responsabilidades conjugais, etc, etc. O que mais me intriga é o facto de elas gostarem de partilhar essas conversas com todo o autocarro, tendo em conta que elevam a voz a uns valores de decibéis bem consideráveis.
Por momentos pensei que estivesse a fugir ao tema do capítulo mas as senhoras dos sacos e dos vasos são, no fundo, um típico estilo de mulher portuguesa e merecem ver aqui caracterizada a sua maneira de agir.
Voltando aos sacos, devo dizer que me irritam profundamente. Tenho uma curiosidade insaciável de ver o que vem lá dentro quando as senhoras se atrevem a deslocar à parte traseira do autocarro, não deixando os sacos no espaço para isso reservado porque já estão cheios com sacos de outras senhoras. Mas o receio de ser apanhado e de consequentemente as senhores meterem conversa comigo para me explicarem o conteúdo fazem-me regir à tentação. O que torna a viagem mais complicada. Mas mais irritante que os sacos, meus amigos, são os... vasos. É incrivelmente irritante quando olho para a porta dianteira e vejo uma dessas senhoras, com um vaso cuja planta mede 1,90m - que quase não cabe no autocarro -, muito feliz a entrar com ar triunfante por ali a dentro, a encontrar um espaço livre e a sentar-se com o tal sorriso mas com as lamúrias de cansaço e vida difícil. Eu tenho a certeza que mesmo que comprem uma planta de 3 metros e meio vão insistir em levá-lo no autocarro, de preferência em hora de ponta com este completamente cheio, mesmo que tenham de o cortar às postas e dar de comer aos porcos (piada privado), isto é, que o tenham de cortar aos bocadinhos e colocar em sacos plásticos.
Será que estas senhoras não têm noção do ridículo? Ou pelo menos noção de que nem toda a gente se interessa pelas vidinhas tristes e monótonas sem tempo para nada a não ser ver novelas da TVI e a "Quinta das Celebridades" e o "Jornal Nacional" e o programa da manhã da RTP e o da tarde da SIC, que elas levam? Ou pelo menos que nem toda a gente gosta de plantas com o tamanho de postes da electricidade?
São questões retóricas meus amigos. Ninguém tem resposta.
Continua...
quinta-feira, novembro 04, 2004
God bless America!
E os ame
ricanos já escolheram. Nas eleições com maior participação nos últimos anos, George W. Bush foi o vencedor. Vamos ter de aturá-lo durante mais 4 anos. Bush é um
homem de direita, muito religioso. É contra casamentos homossexuais, contra o aborto, contra a utilização de preservativos, contra o uso de mini-saias, contra os homens de cabelo comprido, contra os de esquerda (nos E.U.A. ser de esquerda é ser católico...), contra... Contra tudo isto e muito mais. Às vezes pergunto-me se ele será americano. Talvez desse para Papa, porque o próprio João Paulo II tem uma mente mais aberta que a dele.
O derrotado: John Kerry. Era o preferido entre os portugueses, entre os restantes europeus, entre os asiáticos, entre os africanos, entre os habitantes da Oceânia, da Antárctica, de todas as estações espaciais, da Lua, de Marte. E os próprios americanos preferiam-no até Osama bin Laden (ou não) ter feito mais um sério aviso à navegação. Aí, as intenções de voto mudaram porque Bush (segundo os especialistas de política externa dos órgãos de comunicação social) oferece
garantias de maior segurança à população. Não sei porquê. Ainda me hão-de explicar como é que um homem de inteligência e tamanho reduzidos e mais interessado em jogar golfe do que nos problemas do seu país pode oferecer mais garantias que o "matulão" do Kerry.
Como caracterizar o derrotado? Homem de esquerda, católico (isto não soa lá muito bem), a favor do aborto e do casamento entre homossexuais (isto não soa mesmo nada bem). Realmente, o exemplo de um verdadeiro católico. Melhor só Paulo Portas. O democrata era o preferido entre
os portugueses porque, como é normal entre nós, descobriu-se que o passado da sua esposa tem ligação a Portugal e ao ketchup: Tereza Heinz, nascida em Moçambique, viúva de um magnata do molho de tomate (Heinz). Já se sabe que sempre que alguém se destaca consegue-se arranjar algum parentesco com portugueses: Robert Pires, Francis Obikwelu (se calhar não), etc. Nem que seja um tio avô, filho de uma senhora cuja cunhada era portuguesa. É isto que gosto nos portugueses!
Mas voltando aos "States", fiquei bastante desiludido com os resultado. Mas isso também é secundário. O que interessa é que a RTP Memória já está no ar!
sábado, outubro 09, 2004
A vida num tranporte público
Há uma imensidão de coisas que me fazem confusão quando viajo de autocarro e por isso decidi dedicar-me a escrever sobre as minhas aventuras neste transporte público. São tantas, porém, que vou dividi-las em capítulos. Este é o primeiro:
Capítulo I
É rara a viagem em que não encontro alguém que não larga o pobre do motorista, entretendo-se em longas conversas que muitas vezes duram todo o percurso da linha em questão. O perfil destas pessoas é fácil de construir, apesar de comportar indivíduos de várias idades encantados com a possibilidade de manter uma longa conversa com o sujeito, ou sujeita, que tem como função a condução do enorme “bicho”. Já vi senhores nos seus 60, 70 anos – que quando não têm hipótese de dar à língua com o infeliz do motorista nos obrigam a ceder-lhes o lugar por não aguentarem a viagem em pé... – e senhoras que, por norma, são um pouco mais novas, oscilando entre os 50 e os 60 anos de idade.
Mas também não são raras as vezes em que são crianças quem acompanha atentamente todos os movimentos do senhor que vai a conduzir o autocarro. Destes eu percebo o motivo das conversas: a natural curiosidade de uma criança que se encanta com aquele ofício e que questiona todos os procedimentos que o homenzinho de camisa azul se vê obrigado a tomar para levar o “bicho” a “bom porto”. Porém, gostava de perceber qual o assunto das conversas dos senhores e senhoras mais velhos, que mal se aguentam em pé mas que insistem em colocar-se à entrada do autocarro, barrando a entrada dos restantes passageiros mais preocupados em chegar ao seu destino a tempo e horas. Será o tempo? O futebol? A novela da noite? As mudanças no trânsito de uma rua? Será tudo isto? E depois... Será que essas pessoas conhecem o motorista ou será que metem conversa apenas por este ser “o” motorista? Com certeza que será pela segunda razão porque ando há bastante tempo de autocarro e nunca consegui viajar duas vezes seguidas com o mesmo condutor.
Mas a culpa também é deles. Quase de certeza que dão trela a essas pessoas, pois por muito persistentes que sejam, nunca repetiriam a faceta se percebessem que o alvo da sua atenção não lha retribuía devidamente. E quem sofre somos nós, normais frequentadores destes serviços públicos, sossegados num cantinho, abstraídos nos nossos pensamentos e pouco preocupados com a fronha do motorista. É que os enganos sucedem-se quando as “melgas” atacam. É o pobre do estudante que faz paragem com o braço bem estendido e visível mas que não vê correspondido o seu pedido, distraído que está o motorista com a interessante conversa; é a mãe de família que leva os filhos à escola para depois ir trabalhar, que carrega no “Stop” mas não vê o autocarro parar já que os ouvidos do condutor não podem ouvir as melgas e a campainha ao mesmo tempo; e são todos os outros “otários” que prestam atenção atenção ao percurso a seguir e que lá avisam o motorista que devia ter virado à esquerda em vez de seguir em frente.
É um inferno que enfrento quase todas as vezes que utilizo o serviço público de transportes. Mas é só um dos infernos. Há mais, muitos mais...
(Continua...)
Capítulo I
É rara a viagem em que não encontro alguém que não larga o pobre do motorista, entretendo-se em longas conversas que muitas vezes duram todo o percurso da linha em questão. O perfil destas pessoas é fácil de construir, apesar de comportar indivíduos de várias idades encantados com a possibilidade de manter uma longa conversa com o sujeito, ou sujeita, que tem como função a condução do enorme “bicho”. Já vi senhores nos seus 60, 70 anos – que quando não têm hipótese de dar à língua com o infeliz do motorista nos obrigam a ceder-lhes o lugar por não aguentarem a viagem em pé... – e senhoras que, por norma, são um pouco mais novas, oscilando entre os 50 e os 60 anos de idade.
Mas também não são raras as vezes em que são crianças quem acompanha atentamente todos os movimentos do senhor que vai a conduzir o autocarro. Destes eu percebo o motivo das conversas: a natural curiosidade de uma criança que se encanta com aquele ofício e que questiona todos os procedimentos que o homenzinho de camisa azul se vê obrigado a tomar para levar o “bicho” a “bom porto”. Porém, gostava de perceber qual o assunto das conversas dos senhores e senhoras mais velhos, que mal se aguentam em pé mas que insistem em colocar-se à entrada do autocarro, barrando a entrada dos restantes passageiros mais preocupados em chegar ao seu destino a tempo e horas. Será o tempo? O futebol? A novela da noite? As mudanças no trânsito de uma rua? Será tudo isto? E depois... Será que essas pessoas conhecem o motorista ou será que metem conversa apenas por este ser “o” motorista? Com certeza que será pela segunda razão porque ando há bastante tempo de autocarro e nunca consegui viajar duas vezes seguidas com o mesmo condutor.
Mas a culpa também é deles. Quase de certeza que dão trela a essas pessoas, pois por muito persistentes que sejam, nunca repetiriam a faceta se percebessem que o alvo da sua atenção não lha retribuía devidamente. E quem sofre somos nós, normais frequentadores destes serviços públicos, sossegados num cantinho, abstraídos nos nossos pensamentos e pouco preocupados com a fronha do motorista. É que os enganos sucedem-se quando as “melgas” atacam. É o pobre do estudante que faz paragem com o braço bem estendido e visível mas que não vê correspondido o seu pedido, distraído que está o motorista com a interessante conversa; é a mãe de família que leva os filhos à escola para depois ir trabalhar, que carrega no “Stop” mas não vê o autocarro parar já que os ouvidos do condutor não podem ouvir as melgas e a campainha ao mesmo tempo; e são todos os outros “otários” que prestam atenção atenção ao percurso a seguir e que lá avisam o motorista que devia ter virado à esquerda em vez de seguir em frente.
É um inferno que enfrento quase todas as vezes que utilizo o serviço público de transportes. Mas é só um dos infernos. Há mais, muitos mais...
(Continua...)
sexta-feira, julho 16, 2004
A birra de Madail
"Se não deixares estar como estávou-me embora!", acreditem ou não, foi esta a última frase de Gilberto Madaíl durante um telefonema com o Secretário de Estado do Desporto, a propósito da redução de clubes na Superliga e Liga de Honra, prevista para 2004/2005. O "A Riberinha", teve acesso ao telefonema e publica-o aqui, na integra com os devidos cortes...
Nota: a negrito estão as falas de Gilberto Madaíl.
"Vamos mudar o número de clubes da SL"
"Vão fazer isso pá... Pa quê?"
"Pá, somos de mais, e depois a competitividade..."
"Eu tou-me cagando pa competitividade..."
"Oh... O que interessa é a competitividade..."
"O que interessa é que o Baía de Cascais não vá à selecção, agora o resto..."
"Cuidado, que podem tar a ouvir isto"
"Tou-me cagando pa esse gajo..."
(...)
"Olha vai ter de ser... 16 na 1 e 16 na 2"
"Não pode ser... Vou fazer queixa à UEFA!"
"Tou-me cagando pa UEFA! Queixinhas... Vou mudar na mesma..."
"Se não deixares tar como ta vou-me embora"
"Vai, quero lá saber..."
E assim se processou a conversa...
Mas nesta mudança o que me deixa curioso, é a forma como o governo descalçou a bota mais dificil, que era a parte de decidir as subidas da II-B para a Liga de Honra. Sobem 2 e descem 2 na Liga de Honra, e há 3 zonas onde sobe 1 clube de cada na II-B... Digam-me agora o que fazer para desamarrar o no? Pode-se fazer um campeonato entre essas três e os dois primeiros sobem, e depois descem 2 da Liga de Honra e cada um vai para a sua zona e passa um que esteja na zona norte mas mais a sul para a região onde falta descer um clube e vai-se trocando todos os anos e depois... Bem, o secretariado do desporto também pensou assim e teve a resposta dilplomática correcta: "A Liga de Clubes e a FPF, chegarão a acordo", o que é o mesmo que dizer "Vocês que tratem disso que é muito areia para a nossa camioneta"...
Bem pensado!
Nota: a negrito estão as falas de Gilberto Madaíl.
"Vamos mudar o número de clubes da SL"
"Vão fazer isso pá... Pa quê?"
"Pá, somos de mais, e depois a competitividade..."
"Eu tou-me cagando pa competitividade..."
"Oh... O que interessa é a competitividade..."
"O que interessa é que o Baía de Cascais não vá à selecção, agora o resto..."
"Cuidado, que podem tar a ouvir isto"
"Tou-me cagando pa esse gajo..."
(...)
"Olha vai ter de ser... 16 na 1 e 16 na 2"
"Não pode ser... Vou fazer queixa à UEFA!"
"Tou-me cagando pa UEFA! Queixinhas... Vou mudar na mesma..."
"Se não deixares tar como ta vou-me embora"
"Vai, quero lá saber..."
E assim se processou a conversa...
Mas nesta mudança o que me deixa curioso, é a forma como o governo descalçou a bota mais dificil, que era a parte de decidir as subidas da II-B para a Liga de Honra. Sobem 2 e descem 2 na Liga de Honra, e há 3 zonas onde sobe 1 clube de cada na II-B... Digam-me agora o que fazer para desamarrar o no? Pode-se fazer um campeonato entre essas três e os dois primeiros sobem, e depois descem 2 da Liga de Honra e cada um vai para a sua zona e passa um que esteja na zona norte mas mais a sul para a região onde falta descer um clube e vai-se trocando todos os anos e depois... Bem, o secretariado do desporto também pensou assim e teve a resposta dilplomática correcta: "A Liga de Clubes e a FPF, chegarão a acordo", o que é o mesmo que dizer "Vocês que tratem disso que é muito areia para a nossa camioneta"...
Bem pensado!
O país das discos
Este país vai ser um paraíso... Sem dúvida, com este primeiro-ministro a vida activa da maior parte da população vai passar para a noite, o que é deveras positivo para o desenvolvimento da população...
Claro, já estão todos a pensar que estou a levar a coisa para as discos, bares e casas de alterne. Pois estão muito bem enganados (não estão nada, mas façam de conta). Aliás, estou com o pensamento colado no desenvolvimento da economia e no aumento da produtividade da população activa que se vai centar sobretudo numa moderna teoria avançada por Pedro Santanás Lopes, baseada nas novas técnicas governamentais utilizadas no resto da Europa e sobretudo nos nossos parceiros dos E.U.A., e que tem por nome, e-government. De facto, o nome vem muito a própósito daquilo que vai ser a performance do nosso novo governo - perdão, suponho que será melhor dizer mesmo doverno só que de cara lavada, mantendo apenas um indesejável apêndice da anterior governação (alguém que está relacionado com fechaduras) para darmos a ideia que foram os portugueses que puseram o Pedrocas lá no topo - o nome vem muito a propóstito da nova performance, dizia eu e que consiste na descentralização dos ministérios para outras cidades, o que se torna possível pela implementação de um sistema de video-conferência. Com este novo sistema, vai-se passar o seguinte: os ministros escolhem o lugar onde fazem as reuniões, pode até ser na piscina do hótel e numa discoteca e passam o resto do tempo na boa vida, o que nos leva a perguntar "e-government", que em mirandês quer dizer "e governar?, pa quando é qu'isso fica?", daí o nome, já avançado por Pedro Santanás Lopes.
De facto, este país vai andar para a frente...
segunda-feira, junho 28, 2004
Luís Figo não esteve a rezar no balneário
Afinal, enganaram-nos! Luís Figo abandonou o relvado depois da substituição mas também deixou o próprio estádio.
"Felipão" mentiu a todos os portugueses quando disse que o número 7 da selecção nacional esteve no balneário a assistir ao desfecho do jogo com uma imagem da Nossa Senhora de Fátima entre as mãos. O jogador do Real Madrid foi mais longe... Na verdade, Luís Figo foi a Fátima a pé durante o tempo de jogo em que não esteve em campo. Todos os responsáveis da selecção julgaram que iam ter de lidar com um gravíssimo caso de indisciplina de um jogador que abandonou o relvado muito lentamente quando a equipa estava a perder, tendo mostrado claro deagrado com a substituição e pouco espírito de equipa. Mas não, era tudo engano. A cara dele não era de desagrado com a substituição mas sim de abstracção e preparação espiritual para a longa caminhada de Fé que se seguia. a lentidão com que se deslocou justifica-se exactamente pelo esforço a que se ia submeter, tendo em conta que não está muito habituado a grandes esforços, principalmente desde que começou o Europeu.
Na verdade, o grande Figo esteve mais uma vez ao serviço da selecção, com um terço na mão e com palavras de incentivo para os colegas (principalmente Ronaldo, Postiga e Deco) no intervalo das orações. Terá sido, possivelmente, o maior serviço do jogador ao país desde o Mundial de 2002.
Continuando a onda informativa, não posso fugir ao assunto que tem agitado o país: Carlos Xavier (antigo jogador de futebol) não conseguiu desamarrar os pés de uma plataforma rotativa instalada numa piscina que ora o punha dentro, ora o punha fora de água. Isto passou-se no programa da TVI de final de noite de domingo, "Fear Factor", que põe à prova famosos e desconhecidos (que após o programa se transformam nos chamados "famosos TVI"). Carlos Xavier desistiu a meio da prova, colocando a mão junto ao pescoço (sinalética utilizada no programa) para indicar que não mais conseguia permanecer dentro de água.
Os colegas de desafio deram logo todo o apoio do mundo ao ex-jogador, como se tivesse acabado de acontecer uma tragédia e utilizando uma técnica própria destes momentos procuraram estar muito bem dispostos e brincalhões para com Carlos Xavier, apesar da sua enormíssima tristeza interior pela eliminação do colega. Surgiram os esperados comentários: "Já foste campeão muitas vezes" e "Este não é o campo que gostas de pisar" (como se ele pudesse pisar a água). Carlos xavier justificou-se: "Não me dou muito bem dentro de água. Comecei a ficar aflito", o que ninguém que estivesse a assitir ao programa e que estivesse devidamente recuperado da noite de S. João, tivesse ainda reparado.
Quanto a mim, a vantagem deste programa é pôr senhoras de sessenta e tal anos a falar inglês, apesar de o fazerem com algumas limitações: "Vou ver o Fide Fé", como já ouvi dizer. Isso sim, prova o interesse da estação de Queluz-de-Baixo na educação dos portugueses. E esta frase faz-me lembrar o comentário de um dos taxistas que frequentaram o curso de inglês da Câmara Municipal de Lisboa. Quando questionado por um jornalista sobre o que diria a um turista que lhe perguntasse como ir para Belém ele respondeu: "Dizia-lhe que ao long the river (com os r's bem carregados) a gente chega lá". E é tudo...
"Felipão" mentiu a todos os portugueses quando disse que o número 7 da selecção nacional esteve no balneário a assistir ao desfecho do jogo com uma imagem da Nossa Senhora de Fátima entre as mãos. O jogador do Real Madrid foi mais longe... Na verdade, Luís Figo foi a Fátima a pé durante o tempo de jogo em que não esteve em campo. Todos os responsáveis da selecção julgaram que iam ter de lidar com um gravíssimo caso de indisciplina de um jogador que abandonou o relvado muito lentamente quando a equipa estava a perder, tendo mostrado claro deagrado com a substituição e pouco espírito de equipa. Mas não, era tudo engano. A cara dele não era de desagrado com a substituição mas sim de abstracção e preparação espiritual para a longa caminhada de Fé que se seguia. a lentidão com que se deslocou justifica-se exactamente pelo esforço a que se ia submeter, tendo em conta que não está muito habituado a grandes esforços, principalmente desde que começou o Europeu.
Na verdade, o grande Figo esteve mais uma vez ao serviço da selecção, com um terço na mão e com palavras de incentivo para os colegas (principalmente Ronaldo, Postiga e Deco) no intervalo das orações. Terá sido, possivelmente, o maior serviço do jogador ao país desde o Mundial de 2002.
Continuando a onda informativa, não posso fugir ao assunto que tem agitado o país: Carlos Xavier (antigo jogador de futebol) não conseguiu desamarrar os pés de uma plataforma rotativa instalada numa piscina que ora o punha dentro, ora o punha fora de água. Isto passou-se no programa da TVI de final de noite de domingo, "Fear Factor", que põe à prova famosos e desconhecidos (que após o programa se transformam nos chamados "famosos TVI"). Carlos Xavier desistiu a meio da prova, colocando a mão junto ao pescoço (sinalética utilizada no programa) para indicar que não mais conseguia permanecer dentro de água.
Os colegas de desafio deram logo todo o apoio do mundo ao ex-jogador, como se tivesse acabado de acontecer uma tragédia e utilizando uma técnica própria destes momentos procuraram estar muito bem dispostos e brincalhões para com Carlos Xavier, apesar da sua enormíssima tristeza interior pela eliminação do colega. Surgiram os esperados comentários: "Já foste campeão muitas vezes" e "Este não é o campo que gostas de pisar" (como se ele pudesse pisar a água). Carlos xavier justificou-se: "Não me dou muito bem dentro de água. Comecei a ficar aflito", o que ninguém que estivesse a assitir ao programa e que estivesse devidamente recuperado da noite de S. João, tivesse ainda reparado.
Quanto a mim, a vantagem deste programa é pôr senhoras de sessenta e tal anos a falar inglês, apesar de o fazerem com algumas limitações: "Vou ver o Fide Fé", como já ouvi dizer. Isso sim, prova o interesse da estação de Queluz-de-Baixo na educação dos portugueses. E esta frase faz-me lembrar o comentário de um dos taxistas que frequentaram o curso de inglês da Câmara Municipal de Lisboa. Quando questionado por um jornalista sobre o que diria a um turista que lhe perguntasse como ir para Belém ele respondeu: "Dizia-lhe que ao long the river (com os r's bem carregados) a gente chega lá". E é tudo...
segunda-feira, junho 14, 2004
Da inspiração à selecção
Ora bem...
Hão-de reparar que só escrevo à noite, que é quando a inspiração me cresce (podia já introduzir aqui uma ribeirinha ordinária mas não vou por esse caminho fácil). De facto, também a tosse aumenta com o pôr-do-sol. Por acaso tenho andado lixado e cansado e transtornado e todas essas coisas acabadas em "ado" (por exemplo, "fodado"), com "tosse de cão", sempre lhe chamei assim. É uma enorme parvoíce porque os cães não tossem, pelo menos que eu saiba... Eles ladram e mordem e fazem outras coisas, agora tossir?
É isso e a publiciade à Garnier(percebem a relação entre as duas coisas?). Porque é que no fim há uma voz feminina que diz muito baixinho - num sussurro, até - o nome da marca? Com medo que as pessoas ouçam? Se é para as pessoas não comprarem, não façam a publicidade, ok? Acho que a nossa vida não ganha muito com isso...
A nossa vida e a selecção nacional. Essa é que não ganha! Mesmo com a Catarina Furtado... desculpem Nelly Furtado (possivelmente a Catarina fazia melhor figura - ai se fazia; percebem alguma coisa do refrão para além de "Com uma fo-orça"?) a cantar o hino do Euro. Digam-me lá se o Rui Costa não fez um jogão... Não, porque já lhe "costa" muito correr atrás da bola, prefere passear classe (deve ter ido até ao 12º). E o Deco, que se arrasta, fica no banco. Ele, o Ricardo Carvalho e o Cristiano Ronaldo (não pensem que eu acho que ele merece ser titular mas tinha de usar o nome dele para uma piada). Este realmente não deve sair do banco, desde que marcou aquele golo do meio-campo ao serviço... do BES(percebem?)
E o spot publicitário das pastilhas Tic-Tac? Aquele, da espanhola loura vestida de branco, que dança ao som da melodia daquela música: "O tico tico do fubá", com uma letra diferente. O objectivo era publicitar as pastilhas ou a espanhola (até lhe fazia um patrocínio...)? É que tirando a mulher, aquilo é a coisa mais estúpida que já alguma vez vi na minha vida. Só comparo ao Xau ("Ah, é Xau!"; "Ai, esta é minha!") E além disso não é Tic-Tac verdadeiro. A música diz: "É a pastilha que mais energia dá". Ora, isso é Tic-Tac? Tirem as vossas elações.
Se tivesse introduzido este texto num teste de português concerteza que lhe seria tecido o seguinte comentário: "Não está bem organizado! Não tem um fio condutor!" Mas, o que é isto? Agora os fios também conduzem!!! Vejamos, só maiores de 18 é que podem tirar a carta e vem um fio qualquer e já se diz condutor! Minha nossa...
Pronto, acho que já chega. Força Portugal (não, não faço parte da coligação PSD/PP às europeias, só me apetece ser parolo e dar força à selecção do Felipão)!!!
Hão-de reparar que só escrevo à noite, que é quando a inspiração me cresce (podia já introduzir aqui uma ribeirinha ordinária mas não vou por esse caminho fácil). De facto, também a tosse aumenta com o pôr-do-sol. Por acaso tenho andado lixado e cansado e transtornado e todas essas coisas acabadas em "ado" (por exemplo, "fodado"), com "tosse de cão", sempre lhe chamei assim. É uma enorme parvoíce porque os cães não tossem, pelo menos que eu saiba... Eles ladram e mordem e fazem outras coisas, agora tossir?
É isso e a publiciade à Garnier(percebem a relação entre as duas coisas?). Porque é que no fim há uma voz feminina que diz muito baixinho - num sussurro, até - o nome da marca? Com medo que as pessoas ouçam? Se é para as pessoas não comprarem, não façam a publicidade, ok? Acho que a nossa vida não ganha muito com isso...
A nossa vida e a selecção nacional. Essa é que não ganha! Mesmo com a Catarina Furtado... desculpem Nelly Furtado (possivelmente a Catarina fazia melhor figura - ai se fazia; percebem alguma coisa do refrão para além de "Com uma fo-orça"?) a cantar o hino do Euro. Digam-me lá se o Rui Costa não fez um jogão... Não, porque já lhe "costa" muito correr atrás da bola, prefere passear classe (deve ter ido até ao 12º). E o Deco, que se arrasta, fica no banco. Ele, o Ricardo Carvalho e o Cristiano Ronaldo (não pensem que eu acho que ele merece ser titular mas tinha de usar o nome dele para uma piada). Este realmente não deve sair do banco, desde que marcou aquele golo do meio-campo ao serviço... do BES(percebem?)
E o spot publicitário das pastilhas Tic-Tac? Aquele, da espanhola loura vestida de branco, que dança ao som da melodia daquela música: "O tico tico do fubá", com uma letra diferente. O objectivo era publicitar as pastilhas ou a espanhola (até lhe fazia um patrocínio...)? É que tirando a mulher, aquilo é a coisa mais estúpida que já alguma vez vi na minha vida. Só comparo ao Xau ("Ah, é Xau!"; "Ai, esta é minha!") E além disso não é Tic-Tac verdadeiro. A música diz: "É a pastilha que mais energia dá". Ora, isso é Tic-Tac? Tirem as vossas elações.
Se tivesse introduzido este texto num teste de português concerteza que lhe seria tecido o seguinte comentário: "Não está bem organizado! Não tem um fio condutor!" Mas, o que é isto? Agora os fios também conduzem!!! Vejamos, só maiores de 18 é que podem tirar a carta e vem um fio qualquer e já se diz condutor! Minha nossa...
Pronto, acho que já chega. Força Portugal (não, não faço parte da coligação PSD/PP às europeias, só me apetece ser parolo e dar força à selecção do Felipão)!!!
quarta-feira, junho 09, 2004
Eu e a ribeirinha
De facto eu sou um verdadeiro intérprete da ribeirinha. Conheci esta minha faceta há pouco mais de 2 anos e penso que hoje atingi o auge da genialidade neste novo movimento artistico. Não me confundam, porém, com um qualquer contador de anedotas falhado ou idiota com a mania que é engraçado, porque eu não tento fazer as pessoas rir com piadas pensadas. Provavelmente nunca faço ninguem rir, mas a ribeirinha é um estado de alma e não posso negar esta minha condição. Efectivamente, a ribeirinha surge inesperadamente no meio de uma qualquer conversa (por vezes muito séria, até). Por isso, para libertar a ribeirinha que vive em mim basta-me pensar num assunto e provavelmente qualquer expressão mais curiosa ou qualquer frase mais inspiradora podem-me levar a criar uma nova ribeirinha. Por vezes, surgem a uma velocidade alucinante depende do momento que estou a viver. "Mas este paspalho (lá vai a primeira ribeirinha: ora, paspalho será um apologista de paz que se alimenta de palha? - e agora todos dizem "ai, ai") 'tá pr'aqui armado em cómico? Mas qu'é isto da ribeirinha, afinal? O qu'é qu'este blog me interessa?" No fundo não interessa nada. No fundo, este blog tem como propósito ser (será a única vez que chamarei assim a uma ribeirinha) o maior encontro nacional de comentários secos. Portanto, espero que quando escreverem algo neste blog, não estejam a beber nada. E impõe-se aqui uma reflexão:
1. o contrário de nada é tudo;
2. então, se não estão a beber nada, estão a beber tudo, não é?
3. mas afinal como é que se bebe tudo?
É a mesma coisa que dizer: "Não consigo ver nada!" Então consigo ver tudo, não é? De quê que me queixo? Da testa? (queixo, testa, nariz, percebem?)
Pronto, é nesta base e naquela aresta (genial!) que este blog funcionará. Ou seja, simplesmente pensem num assunto e não tenham medo de escrever todas as ribeirinhas que vos vierem à cabeça (desde que não se magoem quando eles vierem à cabeça, ok?) Força (com uma fome... que ninguém...)!!!
1. o contrário de nada é tudo;
2. então, se não estão a beber nada, estão a beber tudo, não é?
3. mas afinal como é que se bebe tudo?
É a mesma coisa que dizer: "Não consigo ver nada!" Então consigo ver tudo, não é? De quê que me queixo? Da testa? (queixo, testa, nariz, percebem?)
Pronto, é nesta base e naquela aresta (genial!) que este blog funcionará. Ou seja, simplesmente pensem num assunto e não tenham medo de escrever todas as ribeirinhas que vos vierem à cabeça (desde que não se magoem quando eles vierem à cabeça, ok?) Força (com uma fome... que ninguém...)!!!
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