quinta-feira, novembro 04, 2004

God bless America!

E os americanos já escolheram. Nas eleições com maior participação nos últimos anos, George W. Bush foi o vencedor. Vamos ter de aturá-lo durante mais 4 anos. Bush é um homem de direita, muito religioso. É contra casamentos homossexuais, contra o aborto, contra a utilização de preservativos, contra o uso de mini-saias, contra os homens de cabelo comprido, contra os de esquerda (nos E.U.A. ser de esquerda é ser católico...), contra... Contra tudo isto e muito mais. Às vezes pergunto-me se ele será americano. Talvez desse para Papa, porque o próprio João Paulo II tem uma mente mais aberta que a dele.

O derrotado: John Kerry. Era o preferido entre os portugueses, entre os restantes europeus, entre os asiáticos, entre os africanos, entre os habitantes da Oceânia, da Antárctica, de todas as estações espaciais, da Lua, de Marte. E os próprios americanos preferiam-no até Osama bin Laden (ou não) ter feito mais um sério aviso à navegação. Aí, as intenções de voto mudaram porque Bush (segundo os especialistas de política externa dos órgãos de comunicação social) oferece garantias de maior segurança à população. Não sei porquê. Ainda me hão-de explicar como é que um homem de inteligência e tamanho reduzidos e mais interessado em jogar golfe do que nos problemas do seu país pode oferecer mais garantias que o "matulão" do Kerry.

Como caracterizar o derrotado? Homem de esquerda, católico (isto não soa lá muito bem), a favor do aborto e do casamento entre homossexuais (isto não soa mesmo nada bem). Realmente, o exemplo de um verdadeiro católico. Melhor só Paulo Portas. O democrata era o preferido entre os portugueses porque, como é normal entre nós, descobriu-se que o passado da sua esposa tem ligação a Portugal e ao ketchup: Tereza Heinz, nascida em Moçambique, viúva de um magnata do molho de tomate (Heinz). Já se sabe que sempre que alguém se destaca consegue-se arranjar algum parentesco com portugueses: Robert Pires, Francis Obikwelu (se calhar não), etc. Nem que seja um tio avô, filho de uma senhora cuja cunhada era portuguesa. É isto que gosto nos portugueses!

Mas voltando aos "States", fiquei bastante desiludido com os resultado. Mas isso também é secundário. O que interessa é que a RTP Memória já está no ar!




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