Ano velho, ano novo. Noção de tempo. Três conceitos que se entrecruzam e que me lançam numa cruzada contra a fantochada que afinal é esta coisa da passagem de ano. Não vou dizer que também não visto o traje de festa (entenda-se isto como uma metáfora) mas desde há algum tempo me questiono sobre a importância do Reveillon. Pessoas que gastam milhares de euros em festas de arromba, cruzeiros, viagens, por causa de um minuto que muda, tal como em todas as noites dos restantes 364 ou 365 dias do ano! Afinal de contas, o tempo é uma invenção dos homens.
Para além disso, há outra coisa que faz das festas de passagem de ano uma fantochada. Reparem: se, por exemplo, no mês de Agosto forem 00:00 do dia 31, uma quinta-feira, referimo-nos sempre a esse mesmo dia como "amanhã", porque para nós ainda é quarta. Ora, não é que é somente na data de 31 de Dezembro que nos lembramos de ser rigorosos e dizer que o dia muda das 23:59 para as 00:00?
Por último, outra questão: esse tal de ano deve achar-se alguém muito importante, para vir aos poucos, criar suspense. Vem devagarinho, poeticamente, chegando primeiro à Austrália e viajando por aí fora até à América. Bonita imagem para criar uma historinha para criança. Eu respondo com um: palhaçada! Façamos aqui um "suponhamos". Estou na Espanha, festejo a meia-noite e meto pé na estrada, voltando para Portugal. E chego à conclusão que a máquina do tempo existe e que é um carro porque afinal de contas estavá do lado de lá da fronteira e era 2006 (eu disse que era um "suponhamos") e agora estou do lado de cá e é 2005.
Inadmissível!
Mesmo assim, e se não nos virmos antes...
Boas Entradas!
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