E assim chega ao fim este blog que me vem acompanhando nos últimos 2 anos. Foram 2 anos de chalaça, escárnio, crítica social, alguma parvoíce mas também alguns momentos mais respeitáveis. Dois anos que encerram agora um ciclo, uma etapa. Por isso, é com nostalgia que encerro as minhas publicações neste blog. Aproveito desde já para dizer que novos projectos (em co-autoria) deste vosso servidor surgirão na blogosfera nacional. E quem sabe se não voltarei um dia a esta ribeira que tão bem me acolheu.
Com amizade...
PS.: Só para lembrar que no Natal também se recorda o nascimento de Jesus.
sábado, dezembro 23, 2006
sexta-feira, julho 21, 2006
domingo, maio 21, 2006
Códigos
sexta-feira, março 17, 2006
Feminismos
Fartei-me. Sinceramente fartei-me dos feminismos. Ou será melhor dizer: dos fêmeamismos? É que costumo ouvir falar de machismo e gostava de perceber porque é que as mulheres têm direito a uma palavra bonita para definir a apologia do seu sexo e os homens têm de contentar-se com um termo de sentido animalesco. Talvez quando falarmos de masculinismo eu dê mais crédito aos movimentos feministas. Mas, sinceramente, começo achar que hoje em dia esses feminismo começam a deixar de fazer sentido. Faziam-no há 100 anos,
quando as sufragistas lutavam pelo direito ao voto. Disso não há dúvida. Mas hoje...
Da mesma forma que condenaria movimentos "masculinistas", se eles existissem, condeno os feministas. Esta tendência de proclamar a igualdade de direitos com o isolamento em grupos de intervenção não me parece que vá dar onde todos pretendemos chegar: somos todos iguais (mesmo que a frase se tenha tornado cliché).
Irrito-me quando vejo mulheres reclamarem por fóruns de futebol exclusivos para elas, quando vejo canais de televisão só para o sexo feminino - já pensaram que se houvesse um canal só para homens já andaria por aí um grupo de mulheres de lenço vermelho a acusarem a televisão em causa de machismo? Irrito-me quando ouço aquelas opiniões estereotipadas sobre os homens (do tipo: os homens são todos iguais) de senhoras que se juntam para falar do sexo oposto. Irrito-me com as activistas dos direitos das mulheres. Não existe já uma Declaração Universal dos Direitos do Homem (com H grande, refere-se à espécie humana)? Julgo que não há maior separação possível do que falar de direitos exclusivos para mulheres. Irrito-me, acima de tudo, quando vejo um Dia Internacional da Mulher. Porquê? Já não chegava de dias internacionais disto, dias especiais para aquilo? Li esta semana que é insultuoso para as mulheres a existência desse dia. Concordo. Se, afinal, somos todos iguais, porquê criar um dia só para as mulheres? Ou, por outor lado, se também temos diferenças porque não criar o Dia Internacional do Homem?
Se me conseguirem responder agradeço. Já agora, não confundam este meu anti-feminismo com machismo. Penso que já deixem bem claro que acredito que h0mens e mulheres são iguais. Quer dizer, não exactamente. E ainda bem!
quando as sufragistas lutavam pelo direito ao voto. Disso não há dúvida. Mas hoje...
Da mesma forma que condenaria movimentos "masculinistas", se eles existissem, condeno os feministas. Esta tendência de proclamar a igualdade de direitos com o isolamento em grupos de intervenção não me parece que vá dar onde todos pretendemos chegar: somos todos iguais (mesmo que a frase se tenha tornado cliché).
Irrito-me quando vejo mulheres reclamarem por fóruns de futebol exclusivos para elas, quando vejo canais de televisão só para o sexo feminino - já pensaram que se houvesse um canal só para homens já andaria por aí um grupo de mulheres de lenço vermelho a acusarem a televisão em causa de machismo? Irrito-me quando ouço aquelas opiniões estereotipadas sobre os homens (do tipo: os homens são todos iguais) de senhoras que se juntam para falar do sexo oposto. Irrito-me com as activistas dos direitos das mulheres. Não existe já uma Declaração Universal dos Direitos do Homem (com H grande, refere-se à espécie humana)? Julgo que não há maior separação possível do que falar de direitos exclusivos para mulheres. Irrito-me, acima de tudo, quando vejo um Dia Internacional da Mulher. Porquê? Já não chegava de dias internacionais disto, dias especiais para aquilo? Li esta semana que é insultuoso para as mulheres a existência desse dia. Concordo. Se, afinal, somos todos iguais, porquê criar um dia só para as mulheres? Ou, por outor lado, se também temos diferenças porque não criar o Dia Internacional do Homem?
Se me conseguirem responder agradeço. Já agora, não confundam este meu anti-feminismo com machismo. Penso que já deixem bem claro que acredito que h0mens e mulheres são iguais. Quer dizer, não exactamente. E ainda bem!
quarta-feira, dezembro 28, 2005
Reveillons e essas coisas
Ano velho, ano novo. Noção de tempo. Três conceitos que se entrecruzam e que me lançam numa cruzada contra a fantochada que afinal é esta coisa da passagem de ano. Não vou dizer que também não visto o traje de festa (entenda-se isto como uma metáfora) mas desde há algum tempo me questiono sobre a importância do Reveillon. Pessoas que gastam milhares de euros em festas de arromba, cruzeiros, viagens, por causa de um minuto que muda, tal como em todas as noites dos restantes 364 ou 365 dias do ano! Afinal de contas, o tempo é uma invenção dos homens.
Para além disso, há outra coisa que faz das festas de passagem de ano uma fantochada. Reparem: se, por exemplo, no mês de Agosto forem 00:00 do dia 31, uma quinta-feira, referimo-nos sempre a esse mesmo dia como "amanhã", porque para nós ainda é quarta. Ora, não é que é somente na data de 31 de Dezembro que nos lembramos de ser rigorosos e dizer que o dia muda das 23:59 para as 00:00?
Por último, outra questão: esse tal de ano deve achar-se alguém muito importante, para vir aos poucos, criar suspense. Vem devagarinho, poeticamente, chegando primeiro à Austrália e viajando por aí fora até à América. Bonita imagem para criar uma historinha para criança. Eu respondo com um: palhaçada! Façamos aqui um "suponhamos". Estou na Espanha, festejo a meia-noite e meto pé na estrada, voltando para Portugal. E chego à conclusão que a máquina do tempo existe e que é um carro porque afinal de contas estavá do lado de lá da fronteira e era 2006 (eu disse que era um "suponhamos") e agora estou do lado de cá e é 2005.
Inadmissível!
Mesmo assim, e se não nos virmos antes...
Boas Entradas!
quinta-feira, dezembro 22, 2005
Espírito de Natal
Nesse dia, Rafael saiu à rua contra a sua vontade. Lá fora, o frio desaconselhava passeios prazerosos de final de tarde, mas apesar disso todos aqueles que se cruzavam com ele aparentavam um olhar triunfante e feições felizes. Uma rajada de vento mais azafamada fez levantar um saco em tons avermelhados, que ostentava orgulhosamente o nome de uma grande marca de roupas, e que parecia ter sido perdida por algum transeunte mais despistado. Rafael, mal-humorado desde cedo, preferiria entregar-se ao ócio caseiro e literário de uma tarde de Dezembro, que à enorme corrente de ruído inebriante que percorria as ruas repletas de um frio cosmopolita.
Tentou ludibriar os obstáculos com que se deparava no caminho – enormes manchas de cabeças muito pouco pensantes naquela altura, perdidas num mundo seu, só seu. Ansioso por cumprir a sua espinhosa missão e regressar ao conforto quente e familiar da sua casa, rompeu na primeira porta que lhe pareceu mais adequada, deparando-se com uma imensidão de casacos grossos e de marca pela frente. Nos corredores apinhados, fixou o olhar no que queria, procurando abstrair-se de uma discussão feroz que se erguia à sua volta. E por fim, sentia agora o calor reconfortante que parecia ter invadido todos aqueles que passavam por si.
"Boa tarde. Quanto é?"
Tentou ludibriar os obstáculos com que se deparava no caminho – enormes manchas de cabeças muito pouco pensantes naquela altura, perdidas num mundo seu, só seu. Ansioso por cumprir a sua espinhosa missão e regressar ao conforto quente e familiar da sua casa, rompeu na primeira porta que lhe pareceu mais adequada, deparando-se com uma imensidão de casacos grossos e de marca pela frente. Nos corredores apinhados, fixou o olhar no que queria, procurando abstrair-se de uma discussão feroz que se erguia à sua volta. E por fim, sentia agora o calor reconfortante que parecia ter invadido todos aqueles que passavam por si.
"Boa tarde. Quanto é?"
As intermitências da língua
Um norte-americano do Texas, a morar há pouquíssimo tempo em Portugal e dominando mal o português, faz a sua lista de compras e vai ao supermercado, para abastecer a sua dispensa. Eis o que escreveu:
- pay she
- mac car on
- my one easy
- all face
- car need boy (may kilo)
- spa get
- her villas
- key jow (parm zoon)
- cow view floor
- pier men tom
- better hab
- lee moon
- bear in gel
- three go
No final, sai do supermercado, bate com a mão na testa e exclama:
- Food Ace! Is key see me do too much. Put a keep are you!
Alguém, "Algures," não sei quando
quarta-feira, dezembro 14, 2005
Mario Soares vai processar portuenses
O candidato do Partido Socialista às eleições presidenciais de Janeiro, Mário Soares, afirmou esta quarta-feira que vai processar centenas de portuenses que o terão alegadamente agredido à "martelada" durante uma visita do ex-presidente à cidade do Porto para as comemorações das festas da cidade.
Em causa está uma fotografia que o candidato de 81 anos encontrou no bloso do seu robe, na tarde da passada segunda-feira, antes da sesta das 16h. "Fiquei muito abalado com aquela gravíssima agressão no domingo e os médicos aconselharam-me a repousar", pelo que Soares decidiu reservar as tardes para por o sono em dia. Foi por este acaso que o fundador do PS encontrou a fotografia em causa.
"Só não apresentei queixa mais cedo, porque já não me lembrava do acontecimento", afirmou o candidato, justificando o facto de a queixa surgir tanto tempo depois do alegado crime. Para além disso, Mário Soares deixou já bem claro que se for eleito presidente da República, irá abolir os festejos do S. João do Porto, para que as cenas de violência e vandalismo que assistiu e de que terá sido vítima não se voltem a repetir. O facto já incendiou a discussão sobre os limites do poder do Presidente da República.
Em causa está uma fotografia que o candidato de 81 anos encontrou no bloso do seu robe, na tarde da passada segunda-feira, antes da sesta das 16h. "Fiquei muito abalado com aquela gravíssima agressão no domingo e os médicos aconselharam-me a repousar", pelo que Soares decidiu reservar as tardes para por o sono em dia. Foi por este acaso que o fundador do PS encontrou a fotografia em causa.
"Só não apresentei queixa mais cedo, porque já não me lembrava do acontecimento", afirmou o candidato, justificando o facto de a queixa surgir tanto tempo depois do alegado crime. Para além disso, Mário Soares deixou já bem claro que se for eleito presidente da República, irá abolir os festejos do S. João do Porto, para que as cenas de violência e vandalismo que assistiu e de que terá sido vítima não se voltem a repetir. O facto já incendiou a discussão sobre os limites do poder do Presidente da República.
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