sexta-feira, maio 27, 2005

Ninguém pára...

Onze anos! Foi muito tempo! Em 11 anos, Bill Clinton deu lugar a George W. Bush e Monica Lewinski foi apanhada com a boca no trombone. Em 11 anos, o Papa morreu e o Papa foi eleito. Em 11 anos, Cavaco foi primeiro-ministro, Guterres também, Durão Barroso igualmente e Santana Lopes idém. Em 11 anos, Alex assumiu-se como um ícone da música portuguesa e um grupo musical ganhou um prémio com uma canção dedicada a uma tal de "Nina".

Mas ninguém pára o Benfica!

Em 11 anos, o FC Porto foi campeão 7 vezes (5 seguidas), o Sporting 2, o Boavista 1. Em 11 anos, o FC Porto foi campeão europeu, vencedor da Taça UEFA, venceu três competições numa época, sagrou-se campeão do mundo. Em 11 anos, Portugal foi 3º classificado do Euro 2000 e foi finalista vencido do Euro 2004, realizado cá.

Mas ninguém pára o Benfica!

Em 11 anos, o Benfica esteve 2 ou 3 vez na Liga dos Campeões, perdeu 7-1 com o Celta de Vigo para a Taça UEFA e acabou um campeonato em 4º. Em 11 anos, o Benfica teve um presidente preso, outro bêbedo e outro que usa a palavra "pá" 7 vezes por frase.

Mas ninguém pára o Benfica!

Em 11 anos, o mundo chocou-se com o 11 de Setembro, os EUA invadiram o Iraque e a princesa Diana morreu. Em 11 anos, os homossexuais começaram a casar, a Internet tornou-se como um dos principais meios de comunicação e Herman José pintou o cabelo de loiro. Em 11 anos, tudo ficou diferente e nem as bolinhas de naftalina fizeram frente ao cheiro a mofo dos cachecóis do Benfica, guardados nas gavetas tanto tempo.

Mas claro, ninguém pára o Benfica!


P.S. - Informação actualizada segunda-feira 30 de Maio de 2005:

O Vitória de Setubal venceu o Benfica na final da Taça de Portugal no passado domingo por 2-1, conquistando o troféu.

Mas claro, ninguém pára o Benfica!

Voltei!

Cá estou eu de volta, mais de 3 meses após o meu último post, no qual prometia um acompanhamento exaustivo das eleições do passado mês de Fevereiro. Pois bem, por motivos de força maior - e agora proponho uma reflexão sobre esta expressão. O que poderá ser entendido como um motivo de força maior? Numa primeira análise poderão pensar: este gajo teve de ir à casa de banho mudar a água às azeitonas, e daí dizer que foram motivos de força (quando temos que puxar é lixado) maior. Mas, de facto, fui raptado (e só raptado, mais nada) por um conjunto de fulanos bem fortes, por isso é que foi um motivo de força maior... que a minha.

Mas dizia eu, que por esses motivos tive de me ausentar desta tão salutar correspondência com todos vós (já ouço as gargalhadas dos poucos que lerem isto, pensando: "Este magano pensa mesmo que tem um público fiel!") e não fiz acompanhamento nenhum sobre isso. E hoje, 90 dias, uma vitória do PS e outra do Benfica depois penso: "Ainda bem que não me dei a esse trabalho". E isso é muito positivo.

E deixo-vos com um belo ditado:
Quando ele sobe é sempre por culpa dos outros!

E agora tirem daqui ilações. Se conseguirem...